Considerando a atual situação de agravamento da epidemia da Covid-19 em todo o país, especialmente, em decorrência do verão e das confraternizações de fim de ano, a Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) publicou o Boletim do Observatório Covid-19, referente às semanas epidemiológicas 48 e 49 (de 22.11 a 5.12), em que se destaca a necessidade de se reforçar a infraestrutura hospitalar e intensificar ações de atenção primária integrada à vigilância em saúde.
O documento apresenta importantes apontamentos aos agentes públicos municipais em matéria intitulada “Recomendações aos prefeitos e prefeitas - a importância de uma abordagem populacional, territorial e comunitária para enfrentar a Covid-19 nos municípios brasileiros”. Tais observações também podem servir de roteiro, no que for cabível, para os membros do Ministério Público com ofício em saúde pública.
O texto propõe o foco em três grupos de ações estratégicas:
1) contenção do crescimento de casos e óbitos por Covid-19 com ações de prevenção de riscos;
2) organização de ações de saúde e intersetoriais, a partir de uma abordagem populacional, territorial e comunitária, envolvendo a Atenção Primária à Saúde (APS);
3) preparação para as campanhas de vacinação.
Com o advento de novos administradores em todo o estado do Paraná (fruto dos resultados das últimas eleições), mais imprescindível se torna a participação do MP nos esforços comunitários de mitigação dos efeitos da Sars-CoV-2. É importante que, na medida do possível, haja um processo de soluções coletivas em cada município para que se alcance resultados favoráveis relativos a diminuição de casos e óbitos. O diálogo institucional com o Poder Executivo e com os gestores municipais da saúde pode resultar numa combinação benéfica, sobretudo se se atingir o convencimento da sociedade sobre práticas protetivas e nela desenvolver os sentimentos de solidariedade e de pertencimento em relação ao Sistema Único de Saúde.
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Foto: Luiz Costa - SMCS/Curitiba