Minha vida (com Glaucio Antonio Pereira e Jorge Guilherme Montenegro Neto)

04/07/2023 | Por Izabela Kodaka

Um certo dia estava em mil atividades no escritório de advocacia em sociedade, onde trabalhavam os Drs. Mauro João Sales de Albuquerque Maranhão, Prof. Francisco José Ferreira Muniz, Prof. José Lamartine de Oliveira Lira, Rogério Distéfano, Aguinaldo Bezerra, Luiz Cláudio Roedel Correia e Almengo Echeverria Medeiros (procurador da Justiça Federal do Rio Grande do Sul aposentado), apareceram Jorge Guilherme Montenegro Neto e Glaucio Antonio Pereira para trabalhar como estagiários de Direito do Dr. Mauro. O Luiz Fernando Roedel Correia, já estava com seu irmão Luiz Cláudio, ambos também filhos do Dr. Heraldo Vidal Correia, então corregedor da Justiça Federal paranaense.

O Jorge já o conhecia. Seu pai, Dr. Wilson Moreira Montenegro, era colega de trabalho na Secretaria de Estado da Saúde e amigo do meu irmão Paulino, na época ambos exerciam os cargos de Chefes dos Distritos Sanitários e Jorge trabalhava como motorista do Dr. Jerônimo de Albuquerque Maranhão, que era presidente da Associação Paranaense do Ministério Público.

No ano seguinte, abriu concurso ao cargo de promotor substituto, então começaram a estudar todas as noites na biblioteca do escritório e deixavam aquela biblioteca numa bagunça total, impenetrável e irrespirável, porque todos eles eram fumantes.

Eles, sabedores de que eu trabalhava no Ministério Público, todos eles vinham quererem saber das questões de provas escritas, porém nada conseguiam, a não ser, como resposta, que estudassem todas matérias de direito.

Durante o estágio deles, a nossa amizade com o Jorge foi crescendo e nos tornamos amigos a ponto de ele confidenciar assunto particular. Felizmente, todos eles obtiveram êxito no concurso e cada qual assumiu a Seção Judiciária da comarca designada. E nossa amizade continuou, através de correspondências, contando todas as dificuldades enfrentadas na sua jornada de trabalho. Um ano após sua promoção para a entrância inicial e após as férias, viajou para conhecer a nova capital brasileira.

Quando terminou suas férias, passou na Procuradoria Geral, antes de assumir sua comarca. Contou, inclusive ter conhecido uma estudante de odontologia, que era de uma família tradicional da sua terra natal, Lapa, e que foi convidado para participar de festa de formatura da garota Rita de Cássia de Oliveira.

Final da história: de amigos passaram a ser namorados, depois noivos. Após a aposentadoria do pai dela, que era policial militar, os pais dela retornaram à Lapa e, na primeira oportunidade, trouxeram-na para que eu a conhecesse. Desde então, nós duas também nos tornamos amigas. Participei do casamento deles, bem como do nascimento de um filho. Passei a fazer tratamento dentário com ela, que abriu consultório próximo de minha casa, até sua aposentadoria recente. Ele continua na ativa como procurador de Justiça, na capital, para custear os estudos dos filhos.